O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
a antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.
Carlos Drummond de Andrade
Poesia muito linda que escolheste! bjs, bom te ver, tuuuuuuuuuuuuuuuudo de bom,chica
ResponderExcluirBelíssimo poema de um grande poeta. Agradeço muito a sua visita.
ResponderExcluirÉlys.
Fazia tempo que não lia Drumond,obrigada Edna por tão bela partilha!
ResponderExcluirBom dia e um abraço fraterno!
Obrigadão pelo carinho! bjs, chica
ResponderExcluirAmiga querida e fraterna,ter vc em campos meus de girassóis me ilumina,com Drumond então,vc é um SOL
ResponderExcluirhugs fraternos
Ricardo e Regina
Amiga querida e fraterna,ter vc em campos meus de girassóis me ilumina,com Drumond então,vc é um SOL
ResponderExcluirhugs fraternos
Ricardo e Regina
Que o ano 2015, seja um ano em GRANDE!
ResponderExcluirBj
Graça