domingo, 21 de julho de 2013

A saudade leva e traz esperanças.


“Sempre é assim. A saudade nunca chega quando estamos perto da família, do namorado, dos amigos. 
A saudade nunca chega na infância, naquela música antiga ou naquela época do primeiro amor.
A saudade é um sentimento inimigo dos enamorados, dos amigos, dos apaixonados, dos vividos... Ela chega quando aquele namoro terminou, quando a infância passou, quando aquela música não toca mais na rádio.
Saudade é aquele sentimento do momento não vivido, do beijo não dado, do abraço negado... Daquele perfume, daquelas briguinhas, daquelas gargalhadas.
Saudade é a palavra vazia, o silêncio calado, a dor consentida.
Saudade é um sentimento sentido sem querer, sem perceber já somos tomados por ele. Saudade mata as pessoas, fere a alma, machuca o coração;
Mas a saudade, além de nos causar e mostrar a dor da perda, ela nos mostra o quanto aquilo nos faz falta.
A saudade é confusa, complicada, dolorida. Certa e incerta. Cheia de caminhos contrários aos do amor. Ás vezes dói tanto que parece querer matar, mas ás vezes nos causa sensações tão boas que nos fazem chorar.
A saudade leva e traz esperanças, amores, intrigas e rancores. Nos mostra que devemos dar valor enquanto temos.
Mostra-nos a vida de um ângulo diferente, oculto.
A saudade faz parte de um romance, de uma amizade...
Mas faz parte da vida.
Sem ela, a vida não teria a mínima graça.”


Mayara Freire

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Que tal uma revisão?



Na tradição de RAM, os discípulos tiram um dia por ano – ou um final de semana, se for necessário – para entrar em contato com os objetos de sua casa.

 Tocam cada coisa e perguntam em voz alta: “Eu preciso realmente disto?”  
  Pegam os livros na estante: “Vou reler este livro algum dia?”
 Olham as recordações que guardaram: “ainda considero importante o  momento que
este objeto me faz lembrar?”
 Abrem todos os armários: “há quanto tempo tenho isto e não usei?
  Será que vou precisar mesmo?”
As coisas têm energia própria.
Quando não utilizadas, terminam se transformando em água parada dentro de casa
Um bom lugar para mosquitos e podridão.
 É preciso estar atento, deixar esta energia fluir livremente.
Se você mantém o que é velho.
O novo não tem espaço para manifestar-se.

Paulo Coelho