quinta-feira, 28 de junho de 2012
VOZ QUE SE CALA
Amo as pedras, os astros e o luar
Que beija as ervas do atalho escuro,
Amo as águas de anil e o doce olhar dos animais, divinamente puro.
Amo a hera que entende a voz do muro
E dos sapos, o brando tilintar
De cristais que se afagam devagar,
E da minha charneca o rosto duro.
Amo todos os sonhos que se calam
De corações que sentem e não falam.
Tudo o que é infinito e pequenino!
Asa que nos protege a todos nós!
Soluço imenso, eterno, que é a voz do nosso grande e mísero Destino!..."
"Há uma primavera em cada vida é preciso cantá-la assim florida."
"Quem disser que pode amar alguém pela vida inteira é porque mente".
"O meu mundo não é como o dos outros, Quero demais, exijo demais.
Há em mim uma sede de infinito.
Uma angústia constante que nem eu mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista.
Sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada.
Uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade... Sei lá de quê!"
Florbela Espanca
Edna Campos.
domingo, 24 de junho de 2012

quarta-feira, 13 de junho de 2012
A Amargura

sábado, 2 de junho de 2012
Não sou Areia
"Não sou areia
onde se desenha um par de asas.
Ou grades diante de uma janela.
Não sou apenas a pedra que rola
nas marés do mundo,em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha da vida, sou construção e desmoronamento,
servo e senhor, e sou mistério.
A quatro mãos escrevemos o roteiro
para o palco de meu tempo:
o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados,
nem sempre nos levamos a sério."
Lya Luft
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