quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Ao Amor Antigo.



O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
a antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.

Carlos Drummond de Andrade

7 comentários:

  1. Poesia muito linda que escolheste! bjs, bom te ver, tuuuuuuuuuuuuuuuudo de bom,chica

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  2. Belíssimo poema de um grande poeta. Agradeço muito a sua visita.
    Élys.

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  3. Fazia tempo que não lia Drumond,obrigada Edna por tão bela partilha!
    Bom dia e um abraço fraterno!

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  4. Obrigadão pelo carinho! bjs, chica

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  5. Amiga querida e fraterna,ter vc em campos meus de girassóis me ilumina,com Drumond então,vc é um SOL

    hugs fraternos
    Ricardo e Regina

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  6. Amiga querida e fraterna,ter vc em campos meus de girassóis me ilumina,com Drumond então,vc é um SOL

    hugs fraternos
    Ricardo e Regina

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  7. Que o ano 2015, seja um ano em GRANDE!
    Bj
    Graça

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"Durante nossa vida conhecemos pessoas que vem e ficam.
Outras que vem e passam.
Existem aquelas que vem, ficam e depois se vão.
Mas existem aquelas que vem e se vão com uma enorme vontade ficar."
Charles Chaplin.
Obrigada pelo seu comentário. Bjs.